Edição de terça-feira, 5 de abril de 2011
Protesto ocorreu em frente à Governadoria e reivindicou contratação em 2011
Paulo de Sousa // jpaulosousa.rn@dabr.com.br
Foto:Paulo de Sousa/DN/D.A Press
Um gramado e várias cruzes enfileiradas. Essa poderia ser a descrição de um cemitério, mas era a aparência da área em frente ao prédio da Governadoria do Estado ontem pela manhã, durante a manifestação dos concursados da Polícia Civil em favor da nomeação dos 509 aprovados. Segundo um dos representantes do movimento, Fábio Montanha, as cruzes simbolizam os 140 mortos em todo o Rio Grande do Norte desde o início do ano, segundo dados do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep). Enquanto isso, segundo ele, os aprovados aguardam a nomeação desde novembro do ano passado, quando foi concluído o curso de formação dos novos policiais. Eles pretendem entrar com um pedido de ação civil pública contra do Estado nesta semana.
Fábio Montanha, que concluiu o curso de formação para o cargo de delegado, lembra que o concurso foi homologado no final do último mês de novembro e o governo precisa apenas nomear os novos policiais. "Mas até agora não nos deram qualquer perspectivade quando isso vai acontecer". Enquanto isso, segundo ele, boa parte dos aprovados está desempregada, à espera de ser convocada para trabalhar. Em contrapartida, segundo ele, o Itep divulgou um número de 140 pessoas mortas no três primeiros meses deste ano no RN. "Se a segurança fosse prioridade nesse governo, haveria investimento para nos chamar e estruturar as delegacias do estado".
Ainda de acordo com o concursado, os representates do movimento já conversaram com a Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) e ficou prometido que todos os aprovados seriam convocados até o final de 2012. "Mas a nomeação é algo para ontem", defende Fábio Montanha. Por isso, a categoria já entrou com uma representação no Ministério Público Estadual e pretende mover uma ação contra o governo para exigir a convocação.
O secretário-chefe do gabinete civil do Estado, Paulo de Tarso Fernandes, através da assessoria de comunicação do governo, anunciou que fará uma reunião amanhã com os representantes para tratar do assunto. Ele alega que a nomeação dos aprovados é de total interesse do Estado, mas ainda não foi feita em respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, uma vez que o governo está no limite prudencial.
Fonte: Diário de Natal