Operação da Polícia Federal prende suspeitos de tráfico internacional


04/06/2013 10h22 - Atualizado em 04/06/2013 11h42


Dez pessoas foram detidas e cerca de R$ 10 milhões de bens sequestrados.
As prisões foram realizadas no RJ, São Paulo, Rio Grande do Sul e Europa.

Alba Valéria Mendonça Do G1 Rio
Após um ano e seis meses de investigação, a Polícia Federal prendeu dez pessoas por tráfico internacional de drogas na Operação Nação Unidas, que contou com o apoio da Drug Enforcement Administration dos Estados Unidos (DEA), conforme informou o delegado responsável pela operação, Paulo Teles, na manhã desta terça-feira (4).
Dos 11 procurados, um deles, o colombiano Henry Alejandro Rodriguez Gallego, cunhado do traficante Alejandro Pareja, foi morto há cerca de duas semanas no Panamá. De acordo com a PF, a investigação começou a partir de uma informação vinda da Espanha, de que o traficante colombiano lavava dinheiro no Rio de Janeiro.
As prisões foram realizadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pará, Rondônia, além de Portugal e Suíça, entre os dias 31 de maio e 03 de junho. Segundo a polícia, os criminosos transportavam cocaína do Brasil para a Europa em peixes congelados.
"Eles criaram uma empresa de fachada e na verdade o peixe chegaria em Lisboa pela via aéra, utilizando aviões comerciais. Pra gente chegar nesse primeiro carregamento, a gente acompanhou esse grupo por oito meses", explicou Teles.
Pareja morava no Brasil havia cerca de 11 anos e já tinha sido preso em 2007 pela PF durante a Operação Platina, por lavagem de dinheiro e tráfico internacional de drogas, mas foi solto pela justiça brasileira. Desde então, Pareja vivia na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
"A operação começou com uma investigação no Rio de Janeiro, de que haveria um traficante colombiano no Rio de Janeiro lavando dinheiro e nós contamos com o apoio da polícia do Uruguai, Espanha, DEA, para a deflagração dessa operação hoje", continuou Teles.
Ainda de acordo com a polícia, foram sequestrados bens avaliados em R$ 10 milhões. Conforme informou o delegado, dentre os bens de Pareja estão dois postos de gasolina, uma construtora, um areal, uma casa na Barra da Tijuca e outra em Angra dos Reis, no Sul Fluminense.
"A gente identificou alguns bens do Alejandro, que tentava ocultar o nome de outras pessoas e que são bens sediados no Rio de Janeiro. Postos de gasolina, areal, e esses bens agora estão sequestrados", afirmou.
Segundo a PF, ele utilizava os imóveis para a lavagem de dinheiro da quadrilha. Pareja está incluído no alerta vermelho da Interpol, que lista os criminosos internacionais mais procurados,  mas continuava livre no Brasil.
O delegado explicou ainda que Alejandro Pareja foi preso nesta sexta-feira (31). "Nosso objetivo era deflagrar a operação na quarta-feira (29), mas como o alvo principal saiu do Rio de Janeiro, nós tivemos que prendê-lo na sexta-feira e utlizar o resto do final de semana para prender a quadrilha de tráfico internacional", concluiu.
Todos os presos vão responder a processo na 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.  Eles vão responder por tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha, financiamento para o tráfico, associação para o tráfico. Pareja vai responder apenas por lavagem de dinheiro da quadrilha.
G1
Postagem Anterior Próxima Postagem