11/09/2013 15h36
- Atualizado em
11/09/2013 15h37
Delegado geral diz que 32 presos cumprem pena em delegacias do RN.
Relatório completo do CNJ contém 46 recomendações de melhorias.

(Foto: Normando Feitosa/Delegado de Polícia em Nova Cruz)
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim
Barbosa, esteve no Rio Grande do Norte em maio deste ano durante o
Mutirão Carcerário realizado pelo CNJ no estado. Inspeções foram feitas
em delegacias e Centros de Detenção Provisória, os chamados CDPs. Na
ocasião, ele criticou o sistema penitenciário potiguar. “As unidades prisionais não respeitam padrões mínimos de dignidade humana”, disse.O delegado geral do Rio Grande do Norte, Ricardo Sérgio, admitiu ao G1 que atualmente 32 presos encontra-se custodiados em delegacias da Polícia Civil potiguar nas cidade de Canguaretama e Areia Branca. Segundo ele, são 28 que cumprem pena no regime fechado e 4 do semiaberto.
As recomendações de interdição são dos juízes Esmar Custódio Vêncio Filho e Renato Magalhães Marques. Além disso, o CNJ também pede que o Estado assegure, "imediatamente, o mínimo, que é o banho de sol e visita familiar", além do fornecimento regular de itens de higiene pessoal, colchões e material de limpeza.

(Foto: Tasso Pinheiro/TJRN)
No documento, inclusive, o Conselho também demanda a elaboração de cronograma para reforma dos presídios de Caicó e Pau dos Ferros, na região Seridó, e das cadeias públicas de Mossoró e Caraúbas. Esta última, também no Oeste potiguar, devendo-se “adequar ao clima local”.
Ao Poder Judiciário especificamente, o CNJ sugere adaptações dentro da estrutura das varas criminais para fazer frente ao volume excessivo de processos de execução penal que tramitam nas comarcas de Mossoró, Natal e Nísia Floresta.