Criminosos atacam UPPs em pontos distintos do Rio e PMs ficam feridos...

20/03/2014 20h37 - Atualizado em 20/03/2014 22h32


Manguinhos, Camarista e Alemão tiveram ataques; 3 PMs foram baleados.
Tiroteio parou trens da Supervia; trânsito ficou complicado nas regiões.

Do G1 Rio

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Contêiner da UPP foi incendiado (Foto: Reprodução / TV Globo)Contêiner da UPP foi incendiado em Manguinhos (Foto: Reprodução / TV Globo)
Ao menos três comunidades com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foram atacadas na noite desta quinta-feira (20), em pontos distintos do Rio. Em Manguinhos houve o pior ataque. Criminosos atearam fogo que consumiu completamente os contêineres da UPP Mandela. O comandante da UPP, capitão Gabriel Toledo, e mais dois PMs foram baleados. Outro policial levou uma pedrada na cabeça.
A UPP Camarista Méier, localizada no Complexo do Lins, também foi atacada. Por volta das 21h, o policiamento era reforçado nas comunidades atacadas e em outras favelas com UPP.
Por volta das 22h, foi confirmado outro confronto, no Complexo do Alemão, Subúrbio. Segundo o comando do 16º BPM, dois criminosos ficaram feridos em intenso tiroteio na Favela do Chuveirinho. Um bandido fugiu e outro foi preso.
Reforço
Um blindado da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil entrou na comunidade de Manguinhos por volta das 20h30. Parte da região teve o fornecimento de energia elétrica interrompido por causa do incêndio. Às 21h, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) entrou na comunidade do Arará, também no Conjunto de Favelas de Manguinhos. No Morro dos Macacos, houve toque de recolher para os moradores e o Bope também atuava na área por volta das 21h20.
A comunidade de Manguinhos foi visitada pelo Papa Francisco em julho de 2013, quando esteve na cidade para a Jornada Mundial da Juventude. A favela, que virou um bairro devido à dimensão, 530 km², tem 35 mil habitantes e a UPP possui efetivo de 588 PMs.
Os quatro feridos foram socorridos no Hospital Geral de Bonsucesso, que teve policiamente reforçado. De acordo com a unidade, o comandante sofreu lesão em uma artéria profunda na perna e precisava ser operado por um cirurgião vascular. Para a cirurgia, ele foi transferido para o Hopital da PM. O quadro de saúde dele era considerado estável. Até as 21h25, não havia infomação sobre o estado de saúde dos outros três policiais feridos. De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Geral de Bonsucesso, o policiamento está reforçado na unidade.

Tentativa de enfraquecer pacificação, diz Cabral
O governador do Rio, Sérgio Cabral, informou em nota que os ataques às UPPs são “uma tentativa da marginalidade de enfraquecer a política vitoriosa da pacificação, que retomou territórios historicamente ocupados pela bandidagem para o controle do poder público.” Segundo Cabral, o Governo mantém “o firme compromisso assumido com as populações das comunidades e com a população de todo o estado do Rio de Janeiro de não sair, em hipótese alguma, desses locais ocupados e manter a política da pacificação.”

Reforço na segurança
Por causa dos ataques, o policiamento foi reforçado na Tijuca, Zona Norte, nas vias de acesso às comunidades pacificadas da região. A informação é do 6º BPM (Tijuca). O comandante das UPPs do Complexo do Alemão, tenente-coronel Marcos Borges, disse o clima era tranquilo na região por volta das 21h e que também havia reforço policial em toddas as unidades da região. Reforço também foi providenciado na Rocinha, na Zona Sul.
Confusão em Manguinhos
Segundo a PM, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Manguinhos, no Subúrbio do Rio, foram atacados por moradores de um prédio abandonado. Na ocasião, acontecia uma operação policial para desocupação do local.

Os agentes foram recebidos a pedradas e um deles foi atingido na cabeça. O Batalhão de Choque foi acionado e estava na área às 18h40.

O comandante da UPP foi para a região e patrulhava a área quando foi baleado. No momento, por volta das 19h, a Avenida Leopoldo Bulhões estava interditada nos dois sentidos. Os ocupantes do prédio foram para a via protestar entre a Avenida Dom Helder Câmara e a Rua Uranos. O desvio era feito pela Avenida Brasil, para quem seguia para Benfica. Segundo a PM, criminosos teriam se aproveitado o tumulto e começaram a atirar, dando início a uma troca de tiros que terminou com o capitão baleado.
Trens parados
Devido ao tiroteio em Manguinhos, o ramal de Saracurana ficou completamente parado neste começo de noite, conforme informou a Supervia. Os trens ficaram parados na Central esperando autorização para partir. O mesmo ocorria com as composições que estavam no percurso em direção ao ramal por volta das 19h. Até as 21h a circulação no ramal Saracuruna estava suspensa. A Supervia informava aos passageiros que a interrupção era devida a "questões de segurança pública".
Contêiner da UPP foi incendiado (Foto: Reprodução / TV Globo)Contêiner da UPP foi incendiado (Foto: Reprodução / TV Globo)












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