ASSPRA/RN LUTA PARA QUE POLICIAIS MILITARES LOTADOS NO INTERIOR DO ESTADO NÃO SEJAM DESVIADOS PARA A CAPITAL PARA EVENTOS DA COPA DA FIFA 2014...



O interior do Estado do Rio Grande do Norte tem vivido nos últimos dias um caos na violência e os eventos da Copa do Mundo podem piorar ainda mais a situação.

A ASSOCIAÇÃO DOS PRAÇAS DA POLÍCIA MILITAR DA REGIÃO AGRESTE - ASSPRA RN - sensível a esse fato protocolou Mandado de Segurança no Supremo Tribunal Federal (MS 32938) contra a Presidenta DILMA ROUSSEFF e um outro no Superior Tribunal de Justiça (Petição: 667572) contra o Ministro da Justiça José EDUARDO CARDOZO, ambos por omissão dessas autoridades no cumprimento do art. 55, inciso I, da Lei 12.663/12, denominada “Lei Geral da Copa”. Referida Lei informa que a segurança dos eventos da Copa é responsabilidade da União e que no interior dos estádios a segurança ficará a cargo de seguranças privados (art. 70). Acontece que a União pouco fez para cumprir essa meta e tem deixado a cargo do Estado a segurança para os eventos.

Pela omissão das autoridades em dar cumprimento a norma legal, os policiais militares do Interior do Estado serão remanejados para a Capital do Estado deixando o Interior desprotegido, o que acarretará inevitavelmente na total falta de segurança nos municípios do Interior.  
Segundo palavras do próprio Comandante-Geral o atual déficit de pessoal é de 4.406 (quatro mil quatrocentos e seis) policiais, a insegurança nada mais é do que reflexo disso. Desse modo, os tutelados da ASSPRA serão obrigados a abandonarem o juramento de honra de proteger a sociedade Potiguar mesmo com o risco da própria vida ao serem desviados para eventos de cunho privado como a Copa do Mundo.

Além das ações nas Cortes Superiores, a ASSPRA também vai protocolar mandados de segurança contra a Governadora do Estado e contra o Comandante-Geral da PM visando evitar o emprego irregular de policiais militares nos eventos esportivos da Copa.

“Os torcedores pagam altas somas em dinheiro e merecem a devida segurança, mas a segurança dos torcedores não pode ser exercida com prejuízo da segurança dos cidadãos potiguares, ainda mais quando cabe a Polícia Militar o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública e não da ordem ou segurança privada” esclareceu o assessor Jurídico da ASSPRA JANISELHO DAS NEVES SOUZA. 
“Não se pode colocar agentes pagos pelos cofres públicos, isto é pela população potiguar, para serem empregados na defesa dos torcedores dos eventos particulares da FIFA, a qual recebe altas somas em dinheiro para a realização dos eventos, como publicidade, objetos alegóricos e ingressos” ponderou o assessor.


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