Detentos de dois presídios de Mossoró também se recusam a comer.
São 2.500 presos protestando em 8 presídios; motivo ainda é mistério.
Presos da Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio e da Cadeia Pública de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte, aderiram à greve de fome dos detentos. A informação foi confirmada pela diretora da Coordenação de Administração Penitenciária do estado (Coape), Dinorá Simas. Agora, são oito as unidades prisionais do estado nas quais os presos se recusam a comer. O motivo ainda é mistério.
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A direção da Coape informou que não existe, até o momento, uma pauta de reivindicações ou algo que justifique a greve de fome. Segundo levantamento feito pelo G1, com base nos dados repassados pela própria Coape e diretores dos presídios - além das duas unidades de Mossoró que aderiram à greve de fome - os presos também não querem comer na Penitenciária de Alcaçuz - que fica em Nísia Floresta; no Presídio Rogério Coutinho Madruga, conhecido como Pavilhão 5 de Alcaçuz; na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP); na Cadeia Pública de Natal; na Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó; no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ceará-Mirim. Juntas, as unidades possuem cerca de 2.500 apenados.
Situação
Na Penitenciária de Alcaçuz, maior unidade prisional do estado, dos quatro pavilhões onde estão encarcerados 900 detentos, três aderiram à greve, totalizando 550 presos sem se alimentar. Os presos costumam fazer quatro refeições por dia em Alcaçuz. É servido pão e café pela manhã e à noite, enquanto as quentinhas são distribuídas no almoço e jantar. "Para não perder tudo, redistribuímos a comida com os 350 presos que estavam comendo normalmente", explica o diretor da unidade, Ivo Freire, que pretende visitar os pavilhões nesta terça para apurar o motivo da greve de fome.
Na Penitenciária de Alcaçuz, maior unidade prisional do estado, dos quatro pavilhões onde estão encarcerados 900 detentos, três aderiram à greve, totalizando 550 presos sem se alimentar. Os presos costumam fazer quatro refeições por dia em Alcaçuz. É servido pão e café pela manhã e à noite, enquanto as quentinhas são distribuídas no almoço e jantar. "Para não perder tudo, redistribuímos a comida com os 350 presos que estavam comendo normalmente", explica o diretor da unidade, Ivo Freire, que pretende visitar os pavilhões nesta terça para apurar o motivo da greve de fome.
Enquanto isso, na Penitenciária Rogério Coutinho Madruga, conhecida como Pavilhão 5 de Alcaçuz, 350 dos 400 presos se mobilizaram. Com isso, cerca de 700 quentinhas servidas no almoço e jantar desta segunda estragaram. O diretor da unidade, Osvaldo Rossato, não recebeu reivindicações. "Não temos notícia do que seja", afirma.
O diretor da Penitenciária Estadual de Parnamirim, Durval Oliveira Franco, informou que também não houve registro de tumulto entre os 497 presos da unidade. "Os dois pavilhões evitaram as refeições o dia todo. O movimento foi silencioso. As quentinhas se perderam todas", relata.
Na Cadeia Pública de Natal, a solução encontrada pelo diretor Eider Pereira de Brito foi doar as refeições para bairros periféricos da cidade. "Os 400 detentos dos dois pavilhões aderiram. Já doamos as sobras para comunidades carentes", diz. O diretor também informou que vai apurar o motivo da greve de fome com os detentos nesta terça.
De acordo com o vice-diretor da Penitenciária do Seridó, Ednaldo Cândido Dantas, a maior parte da comida estragou. "A carne deu para colocar no freezer e evitar o desperdício", conta. Na unidade, 310 dos 470 apenados não aceitaram as refeições. Participam da greve de fome os detentos dos dois maiores pavilhões da penitenciária, que possui um total de cinco pavilhões.
De acordo com o vice-diretor da Penitenciária do Seridó, Ednaldo Cândido Dantas, a maior parte da comida estragou. "A carne deu para colocar no freezer e evitar o desperdício", conta. Na unidade, 310 dos 470 apenados não aceitaram as refeições. Participam da greve de fome os detentos dos dois maiores pavilhões da penitenciária, que possui um total de cinco pavilhões.
Já no CDP de Ceará-Mirim, segundo Dinorá Simas, 50 presos estão sem comer.