Caso Gleydson Carvalho: Polícia prende mais um suspeito de envolvimento no crime

Agentes da Coordenadoria Integrada de Inteligência (Coin), prenderam, nesta quarta-feira (02/11) mais um suspeito de participação no assassinato do radialista cearense Glaydson Carvalho, morto a tiros no dia 6 de agosto, último, na cidade de Camocim, no litoral Oeste do estado (373Km de Fortaleza).

O suspeito, identificado por Francisco Pereira da Silva, o “Chico Dentista”, 51 anos, foi localizado pelas autoridades no município de Martinópole e está sendo transferido para a Delegacia Regional de Polícia Civil de Camocim, onde foi instaurado o inquérito acerca do crime de pistolagem. Em seguida, será encaminhado à Penitenciária Industrial Regional de Sobral (PIRS).

As informações iniciais dão conta de “Chico Dentista” é irmão de João Batista Pereira da Silva, “Batista Dentista”, um dos sete denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) como envolvidos na trama para o assassinato do radialista. Os dois irmãos (Chico e Batista) são tios do prefeito de Martinópole, James Bel, tido como principal suspeito de ter ordenado o assassinato.

De acordo com a denúncia formulada pelo promotor de Justiça Evânio Pereira de Matos Filho, já há comprovação dentro das investigações, que participaram da trama criminosa as seguintes pessoas: João Batista Pereira da Silva (o “Batista Dentista”), Daniel Lennon Almada da Silva, Israel Marques Carneiro, Thiago Lemos da Silva, Gisele de Souza do Nascimento, Regina Rocha Lopes e Francisco Antônio Carneiro Portela.

O promotor se baseou na farta investigação realizada pelas polícias Civil e Militar da cidade de Camocim e municípios vizinhos, como Martinópole e Senador Sá. O inquérito policial, presidido pelo delegado regional Herbert Ponte e Silva, apontou que o crime foi premeditado, meticulosamente planejado e que teve motivação política. O radialista teria sido executado “por falar demais”.

Dinheiro

Para praticar o crime foram contratados por cerca de R$ 9 mil os pistoleiros Thiago Lemos da Silva e Israel Marques Carneiro, o “Baixinho”, este último residente no Oeste do estado do Pará.  O casal Gisele e Francisco Portela se encarregou de alugar uma casa que serviu de esconderijo para os assassinos após estes matarem a vítima.

Já João Batista Pereira da Silva, o “Batista Dentista”, foi um dos principais mentores. Nos dias que antecederam o crime, ele abrigou em sua fazenda, na localidade de Remanso, os pistoleiros e as demais pessoas envolvidas na trama. Fez contatos para a contratação dos matadores e teria dado o dinheiro para que Gisele e o companheiro alugassem a casa que serviu de esconderijo para os assassinos, na localidade de Serrota, no Município de Senador Sá.

Já Regina Rocha Lopes, mulher do pistoleiro Thiago, participou, juntamente com Gisele, do levantamento da rotina da vítima. O grupo teve, ainda, o envolvimento de Daniel Lennon Almada da Silva, tesoureiro da Prefeitura de Martinópole. Ele participou de todo o planejamento do crime e forneceu sua própria motocicleta (apreendida) para a dupla ir até a sede da Rádio Liberdade FM, no Centro de Camocim, invadir a emissora e matar o radialista. A mesma moto foi usada na fuga dos assassinos e, posteriormente, abandonada.


Fonte: cearaagora
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