Imagens mostram baratas e tarântula; grupo tomou vermífugo.
Direção relata conserto de caixa d'água e afirma fazer dedetizações.
Policiais civis relatam infestação de ratos e insetos, além de consumo de água contaminada com fezes de pombos, em delegacias do Distrito Federal. Imagens feitas pelo sindicato da categoria mostram infestação de baratas em uma das unidades e uma tarântula circulando em outra.
O problema seria mais intenso nas unidades do Pistão Sul (21ª), Sobradinho II (35ª DP) e Taguatinga Norte (17ª DP). Em nota, a direção da Polícia Civil disse que as denúncias são infundadas e afirmou que as dedetizações ocorrem dentro do prazo.
O presidente do sindicato, Rodrigo Franco, oficiou a direção da corporação e a Vigilância Sanitária em 26 de janeiro cobrando um posicionamento. Por telefone, a Secretaria de Saúde disse que não se manifestaria sobre o assunto porque, apesar do documento, o tema era de responsabilidade da corporação.
"A gente oficiou a direção da polícia para que eles nos informassem qual a data que foi feito um trabalho de dedetização e controle de pragas, mas a gente não recebeu a resposta. Mesma coisa com a vigilância", diz Franco. "Soubemos por causa das denúncias dos colegas. Eles mandam fotos, mandam reclamações."
Policiais da 21ª DP contam ter precisado tomar vermífugo em janeiro depois de descobrir que a água da delegacia estava contaminada. A unidade recebe até 30 presos por dia e atende, além da parte sul de Taguatinga, moradores de Águas Claras e do Areal. O conserto e a limpeza da caixa d'água aconteceram no dia 22 de janeiro. A direção da Polícia Civil disse considerar com isso a situação normalizada.
"Encontraram fezes de pombo na caixa d’água. O rapaz que foi fazer na manutenção disse que pisou na bosta lá e que ficou coberta por uma substância pastosa. Inclusive, durante a manutenção, o cheiro que ficou aqui foi de esgoto. E a gente bebeu essa água assim por meses. Mesmo tendo filtro, era água com cocô que a gente bebia. A mesma água de lavar a mão, tomar banho", disse um servidor que não quis se identificar.
"E barata, então, já é quase da família. Cada uma tinha a sua de estimação. Na porta da delegacia, à noite tinha assembleia de barata. Quando acendia a luz, à noite tinha muita barata lá. Eu cheguei a trazer veneno de casa para jogar. Também tem muito rato por causa do pátio de veículo apreendido", completou o homem.
Segundo a Polícia Civil, a última dedetização nas delegacias aconteceu em dezembro. A limpeza das caixas d'águas, afirma, ocorre durante todo o ano.
O presidente do sindicato afirma que problemas do tipo acabam tirando o foco do que deveria ser a preocupação dos policiais. "Tivemos colegas com problemas estomacais por tomar água contaminada.
Isso traz problema para a corporação, para a saúde dos presos, para a população. Se um colega fica doente e precisa se afastar do trabalho, principalmente quando o efetivo é baixo, a situação fica pior. Temos que estar preocupados com o que interessa, que é o controle dos crimes, não com controle de inseto."
Direção relata conserto de caixa d'água e afirma fazer dedetizações.
O problema seria mais intenso nas unidades do Pistão Sul (21ª), Sobradinho II (35ª DP) e Taguatinga Norte (17ª DP). Em nota, a direção da Polícia Civil disse que as denúncias são infundadas e afirmou que as dedetizações ocorrem dentro do prazo.
O presidente do sindicato, Rodrigo Franco, oficiou a direção da corporação e a Vigilância Sanitária em 26 de janeiro cobrando um posicionamento. Por telefone, a Secretaria de Saúde disse que não se manifestaria sobre o assunto porque, apesar do documento, o tema era de responsabilidade da corporação.
"A gente oficiou a direção da polícia para que eles nos informassem qual a data que foi feito um trabalho de dedetização e controle de pragas, mas a gente não recebeu a resposta. Mesma coisa com a vigilância", diz Franco. "Soubemos por causa das denúncias dos colegas. Eles mandam fotos, mandam reclamações."
Policiais da 21ª DP contam ter precisado tomar vermífugo em janeiro depois de descobrir que a água da delegacia estava contaminada. A unidade recebe até 30 presos por dia e atende, além da parte sul de Taguatinga, moradores de Águas Claras e do Areal. O conserto e a limpeza da caixa d'água aconteceram no dia 22 de janeiro. A direção da Polícia Civil disse considerar com isso a situação normalizada.
"Encontraram fezes de pombo na caixa d’água. O rapaz que foi fazer na manutenção disse que pisou na bosta lá e que ficou coberta por uma substância pastosa. Inclusive, durante a manutenção, o cheiro que ficou aqui foi de esgoto. E a gente bebeu essa água assim por meses. Mesmo tendo filtro, era água com cocô que a gente bebia. A mesma água de lavar a mão, tomar banho", disse um servidor que não quis se identificar.
"E barata, então, já é quase da família. Cada uma tinha a sua de estimação. Na porta da delegacia, à noite tinha assembleia de barata. Quando acendia a luz, à noite tinha muita barata lá. Eu cheguei a trazer veneno de casa para jogar. Também tem muito rato por causa do pátio de veículo apreendido", completou o homem.
Segundo a Polícia Civil, a última dedetização nas delegacias aconteceu em dezembro. A limpeza das caixas d'águas, afirma, ocorre durante todo o ano.
O presidente do sindicato afirma que problemas do tipo acabam tirando o foco do que deveria ser a preocupação dos policiais. "Tivemos colegas com problemas estomacais por tomar água contaminada.
Isso traz problema para a corporação, para a saúde dos presos, para a população. Se um colega fica doente e precisa se afastar do trabalho, principalmente quando o efetivo é baixo, a situação fica pior. Temos que estar preocupados com o que interessa, que é o controle dos crimes, não com controle de inseto."
Fonte: G1