Atlas da Violência traz o levantamento dos homicídios em todas as regiões e unidades federativas entre 2004 e 2014.
O Rio Grande do Norte é a unidade da federação com a maior evolução na taxa de homicídios por 100 mil habitantes em 10 anos: 308,1%. A informação faz parte do Atlas da Violência, estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado hoje (22).
O Atlas da Violência faz um levantamento dos homicídios em todas as regiões e unidades federativas, considerando a violência policial e os assassinatos de jovens, afrodescendentes e todos as vítimas independentemente de gênero e classes sociais.
A variação das taxas de homicídios por 100 mil habitantes entre 2004 e 2014 se inseriu no intervalo entre o aumento de 308,1% no Rio Grande do Norte e a queda de 52,4% em São Paulo.
Enquanto seis unidades federativas sofreram aumento nesse indicador superior a 100% (SE, CE, RN, PB, BA e MA), oito estados tiveram aumento entre 50% e 100% (AL, GO, PA, RR, AM, AC, TO e PI), cinco estados sofreram aumento até 50% (MT, AP, RS, SC e MG), e oito unidades registraram redução das taxas de homicídios (ES, PE, DF, RJ, RO, PR, MS e SP). A média em todo o país registrou aumento de homicídios da ordem de 10%.
Em termos gerais, todos os estados com crescimento superior a 100% nas taxas de homicídios estão no Nordeste.
Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, em 2014 houve 59.627 homicídios no Brasil – o que equivale a uma taxa de homicídios por 100 mil habitantes de 29,1. Este é o maior número de homicídios já registrado e consolida uma mudança no nível desse indicador, que se distancia do patamar de 48 mil a 50 mil homicídios, ocorridos entre 2004 e 2007, e dos 50 a 53 mil mortes, registradas entre 2008 a 2011.
As mortes representam mais de 10% dos homicídios registrados no mundo e colocam o Brasil como o país com o maior número absoluto de homicídios. Numa comparação com uma lista de 154 países com dados disponíveis4 para 2012, o Brasil, com estes números de 2014, estaria entre os 12 com maiores taxas de homicídios por 100 mil habitantes.
Além de outras consequências, tal tragédia traz implicações na saúde, na dinâmica demográfica e, por conseguinte, no processo de desenvolvimento econômico e social, uma vez que 46,4% dos óbitos de homens na faixa etária de 15 a 29 anos são ocasionados por homicídios. Se considerarmos apenas os homens com idade entre 15 a 19 anos, esse indicador tem a incrível marca dos 53%.
Para a série histórica de 2004 a 2014, o SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) contabiliza 6.665 mortes por intervenções legais, mas considerando os dados publicados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2014 e 2015 para o mesmo período de 2004 a 2014, temos pelo menos 20.418 mortes em confronto com policiais em serviço.
No Brasil, a morte violenta de jovens cresce em marcha acelerada desde os anos 1980. Segundo Cerqueira e Moura (2013), o custo de bem-estar associado à violência letal que acomete a juventude alcança 1,5% do PIB a cada ano.
No período analisado (2004 a 2014), houve um paulatino crescimento na taxa de homicídio de afrodescendentes11 (+18,2%), ao passo que houve uma diminuição na vitimização de outros indivíduos, que não de cor preta ou parda (-14,6%).
Treze mulheres assassinadas por dia no Brasil. Esse é o balanço dos últimos dados divulgados pelo SIM, que tomam como referência o ano de 2014. Isso significa dizer que, no ano em que o Brasil comemorava a Copa do Mundo e se exibia ao mundo como nação cordial e receptiva, 4.757 mulheres foram vítimas de mortes por agressão.
Fonte: nominuto
O Atlas da Violência faz um levantamento dos homicídios em todas as regiões e unidades federativas, considerando a violência policial e os assassinatos de jovens, afrodescendentes e todos as vítimas independentemente de gênero e classes sociais.
A variação das taxas de homicídios por 100 mil habitantes entre 2004 e 2014 se inseriu no intervalo entre o aumento de 308,1% no Rio Grande do Norte e a queda de 52,4% em São Paulo.
Enquanto seis unidades federativas sofreram aumento nesse indicador superior a 100% (SE, CE, RN, PB, BA e MA), oito estados tiveram aumento entre 50% e 100% (AL, GO, PA, RR, AM, AC, TO e PI), cinco estados sofreram aumento até 50% (MT, AP, RS, SC e MG), e oito unidades registraram redução das taxas de homicídios (ES, PE, DF, RJ, RO, PR, MS e SP). A média em todo o país registrou aumento de homicídios da ordem de 10%.
Em termos gerais, todos os estados com crescimento superior a 100% nas taxas de homicídios estão no Nordeste.
Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, em 2014 houve 59.627 homicídios no Brasil – o que equivale a uma taxa de homicídios por 100 mil habitantes de 29,1. Este é o maior número de homicídios já registrado e consolida uma mudança no nível desse indicador, que se distancia do patamar de 48 mil a 50 mil homicídios, ocorridos entre 2004 e 2007, e dos 50 a 53 mil mortes, registradas entre 2008 a 2011.
As mortes representam mais de 10% dos homicídios registrados no mundo e colocam o Brasil como o país com o maior número absoluto de homicídios. Numa comparação com uma lista de 154 países com dados disponíveis4 para 2012, o Brasil, com estes números de 2014, estaria entre os 12 com maiores taxas de homicídios por 100 mil habitantes.
Além de outras consequências, tal tragédia traz implicações na saúde, na dinâmica demográfica e, por conseguinte, no processo de desenvolvimento econômico e social, uma vez que 46,4% dos óbitos de homens na faixa etária de 15 a 29 anos são ocasionados por homicídios. Se considerarmos apenas os homens com idade entre 15 a 19 anos, esse indicador tem a incrível marca dos 53%.
Para a série histórica de 2004 a 2014, o SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) contabiliza 6.665 mortes por intervenções legais, mas considerando os dados publicados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2014 e 2015 para o mesmo período de 2004 a 2014, temos pelo menos 20.418 mortes em confronto com policiais em serviço.
No Brasil, a morte violenta de jovens cresce em marcha acelerada desde os anos 1980. Segundo Cerqueira e Moura (2013), o custo de bem-estar associado à violência letal que acomete a juventude alcança 1,5% do PIB a cada ano.
No período analisado (2004 a 2014), houve um paulatino crescimento na taxa de homicídio de afrodescendentes11 (+18,2%), ao passo que houve uma diminuição na vitimização de outros indivíduos, que não de cor preta ou parda (-14,6%).
Treze mulheres assassinadas por dia no Brasil. Esse é o balanço dos últimos dados divulgados pelo SIM, que tomam como referência o ano de 2014. Isso significa dizer que, no ano em que o Brasil comemorava a Copa do Mundo e se exibia ao mundo como nação cordial e receptiva, 4.757 mulheres foram vítimas de mortes por agressão.
Fonte: nominuto