O Governo do Estado assinou as promoções dos militares, prometida no Termo de Compromisso e Acordo Extrajudicial firmado em 10 de janeiro. Um nome, contudo, ficou ausente da lista: o do presidente da Associação de Bombeiros do Rio Grande do Norte (ABMRN), Dalchem Viana.
Controversa, a falta de promoção do dirigente é encarada por outros presidentes de entidades representativas como uma perseguição política, tendo em vista que não há impedimento para o progresso na carreira de Dalchem.
“Um guerreiro que luta por melhorias, que está lutando por uma instituição melhor, com mais estrutura, pela valorização profissional da polícia militar, ele, que sempre está à frente de todos os movimentos, não ser beneficiado, é inadmissível”, disse o vice-presidente da Associação de Praças da Polícia Militar da Região Agreste (ASSPRA), Lucas Silva.
Processado por um debate ocorrido realizado na Secretaria de Estado de Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), debatendo os interesses da categoria, o presidente da ABMRN está em situação “sub judice”. Até pouco tempo, esse fato impedia realmente a sua promoção.
O advento, porém, da Lei n. 168/2018 acabou com essa situação, e permite o progresso da carreira de policiais e bombeiro, ainda que haja pendências judiciais dessa natureza. Mesmo assim, o Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militares do RN não concedia a devida promoção.
A ausência do nome de Dalchem Viana na lista causou ainda mais surpresa porque o governador Robinson Faria, em reuniões realizadas com as associações nesta semana, reconheceu o direito do presidente à promoção, e garantiu que concederia o direito também a ele. Mas a promessa não foi cumprida.
“Isso é extremamente revoltante, um militar, por ser representante de uma associação e defender os interesses de todos, ser perseguido e injustiçado perante um direito que ele tem”, disse o presidente da Associação dos Praças da Polícia e Bombeiros Militares do Seridó (APBMS), Josivan Rangel.
O presidente da Associação de Praças da Polícia Militar de Mossoró e Região (APRAM), Tony Fernandes, reforçou: “É lamentável a não promoção do soldado Dalchem. O próprio governador deu a sua palavra às entidades que iria promover, porém mais uma vez não cumpre com o prometido. Dalchem não foi promovido pelo fato de lutar em defesa da categoria policial e bombeiro militar”.
Para os presidentes das demais associações de Praças, é preciso união na categoria em torno do nome de Dalchem Viana, em reconhecimento aos serviços prestados por ele nas diversas lutas de todos os militares. Por seu aguerrido empenho em prol de policiais e bombeiros, o presidente da ABM chegou a ser preso administrativamente em maio do ano passado, num caso de grande repercussão.
Muitas entidades representativas têm prestado homenagem a ele nesse momento de injustiça.
A Associação de Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN), por meio de seu presidente, Eliabe Marques, reforçou que, para todos os militares, o dirigente da ABMRN é agora cabo Dalchem. “Ele fez a sua parte: lutou de forma abnegada pela promoção de todos, inclusive pela sua, mas infelizmente forças estranhas ao que é justo agiram e te prejudicaram”, disse Eliabe.
Assessoria de Comunicação das Associações de Praças da RN