CHANTAGEM? Aeroviários brasileiros ameaçam greve durante a Copa do Mundo...


Está no O Globo, com a aproximação da Copa, vai ser um “salve-se quem puder”, todo mundo quer tirar sua “casquinha’, já que as empresas e o Brasil propriamente não podem ficar fazendo papelão.
Vejam reportagem:
altando menos de um mês para a Copa do Mundo, os aeroviários brasileiros e funcionários do grupo Latam em toda a América Latina podem cruzar os braços ou atrasar a logística de suas operações caso acordos trabalhistas não sejam acertados nos próximos dias. Segundo as Federações Internacional dos Trabalhadores do Transporte (Itf, na sigla em Inglês) e Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Fentac), acordos trabalhistas não foram fechados desde o final do ano passado, quando começaram as negociações, gerando um impasse entre os funcionários e as empresas.
Os representantes dos aeroviários – que englobam os operadores de check-in, pista e bagagem, por exemplo -, que no Brasil passam dos 50 mil funcionários em todas as companhias aéreas, pedem reajustes superiores aos da inflação, além de benefícios e bônus relacionados à Copa do Mundo.
— Questões como a operação de voo, trâmite para bagagem e check-in serão prejudicados caso nenhum acordo seja feito. Acaba virando uma bola de neve, com um atraso levando a outro, ainda mais com o número de voos sendo ainda maior. O transtorno será grande — explica Sérgio Dias, presidente da Fentac.
Já entre os funcionários do Grupo Latam – criada com a fusão das companhias LAN e TAM -, o problema está na falta de conversas com os trabalhadores peruanos e argentinos. Sem diálogo com os diretores da empresa, a categoria decidiu por unir todos os trabalhadores nos países em que atua na América do Sul – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador Paraguai e Peru – na cobrança de melhores condições de trabalho em todos os países.
Caso nenhum acordo seja costurado até o início da Copa, atrasos nos procedimentos habituais de voo serão feitos, com a possibilidade de greve, segundo Gabriel Mocho, secretário de Aviação Civil da Itf. Os representantes dos funcionários do grupo dão um prazo de 30 dias para que as conversas sejam iniciadas. Mantido o impasse, grande parte dos funcionários do grupo, como os responsáveis pela manutenção de aeronaves e o check-in de passageiros, suspenderá suas operações.
— Hoje, o que a empresa faz é uma espécie de dumping social. Para as mesmas funções, trabalhadores do Peru, por exemplo, ganham menos que os funcionários brasileiros e chilenos. Enquanto eles usam um valor para pagar um técnico aqui no Brasil, eles usam o mesmo para contratar dois no Peru. Estamos atrás dessa correção. Que não exista essa diferenciação — avalia Mocho.
O grupo Latam conta com mais de 50 mil funcionários em toda a América Latina e tem a perspectiva de realizar mais de 300 voos internacionais durante a Copa do Mundo. Nas operações nacionais, cerca de 750 voos serão adicionados à operação.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e o Sindicato Nacional das Empresas Aéras (Snea) acordos trabalhistas já foram feitos com os aeronautas e com parte dos aeroviários. Com isso, nenhum acordo com a outra parcela de aeroviários está sendo discutido no momento.
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