A
ASSPRA esteve na Cadeia Pública de Nova Cruz/RN a pedido de seus sócios. Foram
realizadas duas visitas, uma no dia 23 e outra no dia 28 deste mês de julho.
“Fomos
acionados por nossos sócios que trabalham na Cadeia Pública de Nova Cruz/RN
para averiguar as condições de trabalho daqueles após a última rebelião ocorrida
naquela unidade prisional” disse o Soldado Lira, Presidente da ASSPRA.
A
primeira visita ocorreu no dia 23 de julho às 21h, com o intuito de averiguar
as condições do trabalho noturno.
“Pudemos
comprovar as condições insalubres de trabalho apontadas por nossos associados.
Após a última rebelião as duas guaritas posteriores (retaguarda) tiveram suas
janelas de observação quebradas por pedras lançadas pelos detentos, não havendo
então, qualquer forma de garantir a proteção dos policiais que ali se façam presentes.
Eles sofrem com a escuridão, ventania, frio, chuva e o pior, pedras”
explicou o dirigente.
Por
sua vez, a segunda visita ocorreu no último dia 28 pela tarde, para que outra
equipe de serviço pudesse expor sua opinião.
“Estamos
sofrendo tentativas de apedrejamento. Não somos Judas!” disse
um policial que não quer se identificar.
“De fato, após a última rebelião as celas foram totalmente depredadas,
exigindo que os detentos fossem acondicionados nos pátios externos, de onde
lançam pedras nas guaritas com o intuito de atingirem os policiais ali
posicionados. Não há qualquer proteção para nossos policiais. O ‘com o risco da
própria vida’ não envolve a auto-exposição à condições de vulnerabilidade. São agentes
de segurança e pais de família como quaisquer outros”
lembrou Lira.
A
ASSPRA está acionando os poderes públicos competentes para buscar soluções
imediatas ao caso.
“Inclusive,
chegou a nosso conhecimento que recentemente um sócio nosso teria sido obrigado
por um superior hierárquico a subir na guarita nestas condições aqui esboçadas.
O policial explanou a situação e que não há condições mínimas de garantir sua
própria segurança em virtude das pedras lançadas, buscando a compreensão
daquele que infelizmente demonstrou não estar muito preocupado com a saúde do
pai de família” revelou Lira, que completou “acredito
que tudo não passou de um mal entendido. Estaremos averiguando a veracidade dos
fatos, e caso se confirme, não creio que o Tenente-coronel Tavares concorde com
tal postura desumana adotada”.
Enquanto
nada se resolve estruturalmente, a ASSPRA compreende a necessidade de se garantir
a integridade física de seus associados com ações humanizadas. Informações
fornecidas a esta assessoria dão conta de que o Tenente-coronel Tavares, Comandante
do 8°BPM, já teria flexibilizado alguns pontos no emprego do efetivo, sem que
haja qualquer prejuízo ao serviço, mas demonstrando sensibilidade à preservação da saúde
e segurança dos policiais ali lotados. “Estarei realizando uma reunião com o TC Tavares e não tenho dúvidas de que o mesmo aplicará o bom senso” encerrou Lira.
Fonte: ASSCOM ASSPRA