Após a reunião
frustrante com o Governo do Estado que apenas ofereceu de concreto o pagamento
das promoções realizadas no mês de abril, as associações representativas da
categoria policial e bombeiro militar, juntamente com os militares presentes no
acampamento montado em frente à sede da Governadoria, resolveram iniciar um
boicote às diárias operacionais e a volta do movimento “Segurança com
Segurança”.
Sem acordo quanto ao
cumprimento dos níveis remuneratórios, que o Governo afirmou não ter qualquer
previsão para iniciar a implantação prevista na Lei Complementar nº 463/2012, e
sem a efetivação das promoções ex-offício que já somam 3,9 mil policiais militares
aptos, as associações já falam em uma possível paralisação no dia 25 de agosto
caso o Governo continue com o descumprimento das legislações dos militares
estaduais.
Como primeiras
medidas para intensificar a participação da categoria em prol das demandas
(implantação dos níveis, efetivação das promoções ex-offício e pagamento das
promoções anteriormente realizadas), as associações representativas de praças
da PM e do Bombeiro Militar estão orientando os militares a realizarem um
boicote às diárias operacionais. “Enquanto os PM’s estão tirando diárias, o
Governo faz o nome em cima da gente, que continuamos com nossos direitos
ignorados”, disse o Sargento Eliabe, presidente da Associação de Subtenente e
Sargentos (ASSPMBM).
Outra medida que será
implementada pelas associações é o movimento “Segurança com Segurança”, quando
os militares são orientados a reivindicar com veemência a segurança adequada em
equipamentos de proteção individual e nas viaturas. “Muitos policiais trabalham
em viaturas irregulares, sem documentação, com coletes vencidos, entre outras
situações que põem em risco a vida do policial”, disse um representante das
associações.
“Nós queremos o
cumprimento das pautas apresentadas, uma vez que já está previsto nas leis de
promoção e do subsidio”, disse o Sargento Eliabe.
"A Polícia Civil teve 57,3% de seu efetivo promovido, causando um impacto financeiro de aproximadamente R$ 3,9 milhões/mês. Parabéns para eles e para o Governo. Contudo, 45% de nosso efetivo têm direito à promoção e nosso impacto é apenas de R$ 3 milhões. Como o Estado passa por crise, daí não houve sequer movimento da Polícia Civil e todo esse dinheiro aparece? Queremos nossas promoções", disse Lira (ASSPRA).
Fonte: Glaucia Paiva