Desde o ano passado, servidores potiguares sofrem com parcelamentos e salários atrasados, deixando muitos em situação financeira difícil.
Enquanto isso, o Tribunal de Justiça autorizou, na sessão extraordinária administrativa do dia 27 de setembro, o pagamento do retroativo devido a magistrados em auxílio-moradia dos últimos cinco anos.
Em média, cada juiz deve receber R$ 120 mil nessa rubrica.
Cabe observar que, além de o momento ser amplamente desfavorável a tamanho dispêndio de recursos públicos, o Supremo Tribunal Federal tem se manifestado contrariamente ao pagamento desse tipo de retroativo. A Conselho Nacional de Justiça vai, inclusive, investigar a folha de pagamento de juízes em todo o País.
Vale lembrar, ainda, que o Judiciário potiguar se nega a devolver ao Estado os recursos que recebeu a título de “superávit”, deixando seus cofres fartos ao mesmo tempo em que o RN padece de suas necessidades mais básicas, como saúde, educação e segurança.
A Assembleia Legislativa aprovou, em 21 de setembro, a contratação de empréstimo de quase R$ 700 milhões pelo Executivo para pagamento de despesas, inclusive salários, no mesmo momento em que os magistrados levam para casa quantias astronômicas apenas a título de auxílio-moradia.
Assessoria de Comunicação das Associações de Praças do RN