A Associação dos Praças da Polícia Militar da Região Agreste (ASSPRA) e demais entidades representativas dos militares se reuniram na sexta-feira (1), com o Comandante Geral da PMRN, o Coronel PM André Luiz Vieira de Azevedo.
Encontros dessa natureza sempre ocorrem antes de manifestações, a pedido do comando, com o propósito de verificar a finalidade do movimento, bem como para esclarecer alguns pontos da pauta.
A ASSPRA e suas co-irmãs deixaram claro que a movimentação por elas planejada não advém de qualquer relação com a paralisação verificada no estado do Espírito Santo.
Marcado na última assembleia unificada, no Clube Tirandentes, no dia 1 de fevereiro em Natal, o ato precedeu as movimentações capixabas, como é possível perceber pela simples averiguação do calendário.
Também inexiste quaisquer ligações da manifestação marcada para o dia 14 deste mês com ideologias de cunho político-partidário.
A luta das entidades no RN, embora de fato não se realize um reajuste há anos, não se trata igualmente de movimentos por aumento salarial, diferentemente do que ocorre em outros estados.
Ocorre, porém, uma IMENSA insatisfação dos profissionais de segurança pública com o Governo do Estado, por descumprimento de direitos estabelecidos em lei, mesmo em face de instituições as mais importantes, que garantem à ordem, à segurança e à governabilidade do RN.
Entre as violações legais, estão os níveis remuneratórios atrasados há cerca de cinco anos; as promoções não realizadas; outras realizadas apenas no papel, em que profissionais esperam pelo dinheiro há seis meses; a LOB (Lei de Organização Básica) que está concluída, mas travada há quase dois anos; majoração da Diária Operacional e seu pagamento em dia, além de muitas outras demandas.
Como se pode verificar, nosso pleito se constitui numa luta para a realização de pautas que se arrastam há, pelo menos, dois anos – situação com a qual o Executivo deveria se envergonhar. Reiteradamente, ao longo desse período, o governo tem realizados reuniões, com resultados inócuos, o que muito frustra as categorias.
Os profissionais da segurança publica, apesar disto, mantiveram-se fiéis ao povo potiguar e ao próprio Executivo durante as últimas grandes crises no setor – algumas das quais, com repercussão global –, sempre dispostos a arriscar suas vidas, em prol da salvaguarda da população.
Cabe, e isso é o mínimo que se espera, que o Governo cumpra com seu papel de observar direitos desses trabalhadores, com o que nada mais faz que executar medidas estabelecidas em lei, além de antigas promessas de reforma legislativa.